sábado, 16 de janeiro de 2016

Chovendo em mim

Acordei com o tamborilar da chuva contra a vidraça. O som era intermitente, e através dele eu sabia que era aquela chuva calma, boa, mas que vai deixando tudo molhado, telhados, paredes, muros, pisos, varandas, os ossos da gente...
Encostei na janela enquanto aquelas lágrimas (as da chuva), batiam contra o meu rosto. Fiquei um tempo assim, em silêncio, sem pensar em nada que não fosse a chuva chovendo em mim.
Aos poucos, fui caminhando nela. 
Voltei no tempo e encontrei o seu sorriso único, o seu olhar...
Senti saudades de mim. É, não foi dele que eu senti saudades, mas de mim. 
Refiz alguns dos passos que dei e lamentei que tenha me perdido tanto pelos caminhos...
Ou apenas teria parado de me procurar?
Desisti, porque só consigo pensar depois de algumas canecas de café e enquanto isso, a chuva também foi desistindo...
Eu fui mais determinada e desisti mesmo, já a chuva, enfraquecia e voltava, como numa dança de acasalamento com o vento.
O café aqueceu o meu corpo mas o meu coração continuou lá fora, apanhando da chuva fria.
E como a chuva lavou os caminhos por onde passei, apagou minhas pegadas, levou de enxurrada meus sentimentos mais intensos, hoje posso chover aqui, ou lá fora, que nada mais sou do que essa nuvem passageira que se deixa levar pelo vento.
Não sei se essas lembranças são boas, ou se deviam ter ficado onde estavam antes da chuva, então vou voltar a dormir, para quem sabe, se o sol voltar, seja ele a me acordar.

Bom dia!

Chovendo em mim

Acordei com o tamborilar da chuva contra a vidraça. O som era intermitente, e através dele eu sabia que era aquela chuva calma, boa, mas que vai deixando tudo molhado, telhados, paredes, muros, pisos, varandas, os ossos da gente...
Encostei na janela enquanto aquelas lágrimas (as da chuva), batiam contra o meu rosto. Fiquei um tempo assim, em silêncio, sem pensar em nada que não fosse a chuva chovendo em mim.
Aos poucos, fui caminhando nela. 
Voltei no tempo e encontrei o seu sorriso único, o seu olhar...
Senti saudades de mim. É, não foi dele que eu senti saudades, mas de mim. 
Refiz alguns dos passos que dei e lamentei que tenha me perdido tanto pelos caminhos...
Ou apenas teria parado de me procurar?
Desisti, porque só consigo pensar depois de algumas canecas de café e enquanto isso, a chuva também foi desistindo...
Eu fui mais determinada e desisti mesmo, já a chuva, enfraquecia e voltava, como numa dança de acasalamento com o vento.
O café aqueceu o meu corpo mas o meu coração continuou lá fora, apanhando da chuva fria.
E como a chuva lavou os caminhos por onde passei, apagou minhas pegadas, levou de enxurrada meus sentimentos mais intensos, hoje posso chover aqui, ou lá fora, que nada mais sou do que essa nuvem passageira que se deixa levar pelo vento.
Não sei se essas lembranças são boas, ou se deviam ter ficado onde estavam antes da chuva, então vou voltar a dormir, para quem sabe, se o sol voltar, seja ele a me acordar.

Bom dia!