domingo, 4 de janeiro de 2015

Existência

Enfim, o ano começa e descubro que tudo está exatamente como deve ser.
Fiquei sabendo que ele estava com outra pessoa, mas que ela não aguentou a sua infantilidade, apesar dos seus 80 anos e o deixou.
Pensou que fosse fácil? Acreditou mesmo que qualquer uma teria a paciência que eu tive, por todo o tempo que passamos juntos?
Tenho certeza que era feliz ao meu lado, mas não sabia... ou, se sabia, não valorizou...
Agora, sigo com meu coração em paz, refeita das angústias que ele me impunha, com suas mentiras e sua falta de caráter.
Não tenho planos e gosto que seja assim, prefiro que a vida me surpreenda...
Sonhos e projetos me motivam, mas nada que valha o esforço de tentar conduzir o destino. Tudo acontece na hora certa.
Vou seguindo, porque a vida continua e é bom saber que hoje vou fazer sorvete de chocolate para o meu neto.
Meus "filhotes", Anastácia, Belizária e Claudionor, estão estirados na sombra do quintal, para tentar minimizar o calor, que aqui é infernal, e o silêncio da casa me deixa preguiçosa, mas sem ansiedade, a vida se torna mais leve.
Me supero a cada dia e reinvento a vontade de viver, mesmo sem muitas aventuras, afinal, a vida por si só, já é uma caixinha de surpresas...
O que será que este ano me reserva? Não penso muito nisso e vou seguindo em frente, porque isso é bom. Viver é bom!

Boa tarde!