terça-feira, 12 de junho de 2012

Camaradagem

Certa vez, recebi uma mensagem, acho que dessas atribuidas a monges tibetanos, e lamas, que aconselhava namorarmos com alguém com quem a gente possa contar não para fazer amor, mas para conversar porque é o que mais faremos no final da vida.
Se o conselho é tibetano, chinês, turco, americano, brasileiro, não faz a menor diferença. O fato, é que o passar dos anos, modifica nossos valores e outros interesses passam a ser priorizados.
Realmente, hoje, dia dos namorados no Brasil, eu me pergunto o que eu desejava há dez, vinte anos atrás, e noto que meus desejos não são menores, melhores, ou piores. São diferentes. 
Naquele tempo, provavelmente eu estaria desejando um presente, um beijo na boca, uma noite ardente de sexo, com direito à luz de velas e música ao fundo. Hoje, eu quero simplesmente estar com o meu namorado, para conversarmos sobre nossos sonhos, nossa vida juntos.
Ah, mas vão perguntar e, por que não sexo? Claro que também vamos nos amar! Mas se não for hoje, pode ser amanhã, ou na semana que vem, porque agora, a prioridade, é estar junto e não dentro! Risos...
Os desejos, continuam, apesar de dizerem que se dissipam. O que muda, é o foco.
Antes, há algum tempo atrás, o foco era o prazer daquele momento; Aqui, o que conta é o que se perpetua dentre os sentimentos mais cristalinos, somente alcançado por quem amadurece e pode vislumbrar outros prazeres que não o da carne e do momento.
Com a idade avançando, a gente tem tantas outras premissas, que sexo passa a ser conseqüência e não causa! 
O que realmente importa, é a camaradagem, a cumplicidade.
Mas pela manhã, ao me acordar, quando ele me disse "feliz dia dos namorados, amor; eu te amo", ah... não tem preço! 

Bom dia!