segunda-feira, 25 de julho de 2011

Saudade

São as dores das lembranças, que tudo transforma em passado e insiste em resvalar no senso da razão.
Por que haveria eu de sentir o que sinto, se nada posso fazer para mudar o que está?
Quantas lágrimas ainda terei de derramar, para que lave d'alma, a sensação de ter sido negligenciada, abandonada, esquecida?
Por que sentir pena de mim mesma, quando tenho alternativa?
Ainda que eu chore todas as mágoas, de nada vai adiantar porque o curso da vida, não tenho como mudar... Ou tenho?
Todos somos o que somos e, a menos que a decisão seja verdadeiramente pela mudança pessoal, de dentro para fora, nada será diferente.
Quando as pessoas não dão importância, tudo perde o valor. 
Famílias se desintegram, por falta de amor e, nem se dão conta, do estrago em efeito dominó, que perpetuam para as próximas gerações.
Filhos e pais, não podem se entender, quando não há diálogo, mas também maridos e mulheres se esquecem pelos cantos da casa, que se torna sombria e aumentada ante a solidão a dois que se impõem um ao outro, por falta de zelo.
Um gesto na outra direção e a cortina pode ser aberta para o vislumbramento do afeto que se faz preemente.
Um sorriso silencioso, pode ecoar por dias, no coração de quem o recebe.
A doação de si mesmo, pode inverter a ordem dos fatores e resultar sim, em produto diferente daquele proposto pelo descaso.
Sentimentos únicos, podem criar atmosfera amena e aconchegante, para fazer suportar o peso do medo e do frio interiores em cada um.
A angústia imposta pela indiferença, cria abismos intransponíveis nas vidas das pessoas esquecidas...
Viver pode ser fácil, ou não. Depende do quanto a vida representa dentro do amor de cada um por si mesmo.
Eu me amo, mas não basta! Preciso sentir que também sou amada e, quando isso não é demonstrado claramente por aqueles que deveriam fazê-lo constantemente, sinto-me enfraquecida e vulnerável, como se o peso da essência de mim mesma, me roubasse o ar e a vontade de seguir em frente.
Por isso, a meu ver, a família e os vínculos que ela cria, são tão preciosos.

Bom dia!

6 comentários:

Roberta Pedro disse...

Já estava sentindo falta dos teus escritos. =) Beijos

Helena Bertulucci disse...

Ah, Berta, o tempo está contra minha inspiração! Rs... Obrigada, minha linda! Beijo.

Rosani Cruz disse...

Meu Deus tomara que eu consiga dizer que adoro ler os teus escritos ...é tudo de bom, e obrigada pela ajuda....rsrsrsrsrsrsrs

Helena Bertulucci disse...

Tá vendo? Rssss... Conseguiu!!! Parabéns! Obrigada pelos elogios e pela honra, porque eu sou iniciante, e você é pessoa culta, que conhece outros países, outras culturas... então, um elogio desse, vindo de você, ainda mais que fez um super esforço para registrar isso, é algo que vou guardar pra sempre, não somente aqui, mas no meu coração. Obrigada e parabéns! Fiquei muito feliz que tenha conseguido! Beijo.

William Wollinger Brenuvida disse...

Helena, bom dia!
1. Escrever as dores da alma; exaltar o Amor, comunhão universal; trazer à tona esse choque entre emoção e razão. Eis a reflexão que fazemos durante a jornada terrena. Aquele que desperta e fala saí do sono da razão, emerge à luz, e com ela se confunde. Parabéns e adiante!
2. Até breve...

Helena Bertulucci disse...

William, que prazer tê-lo aqui. Obrigada pelas lindas palavras, ainda mais vindo de alguém com o seu talento e com a sua competência. Até breve!